terça-feira, 30 de abril de 2013

A Substância do Tempo, Jorge Martins




16 março a 10 junho 2013

Porto
Museu de Arte Contemporânea de Serralves
A Fundação EDP é Mecenas Exclusivo desta exposição


O percurso artístico de Jorge Martins (Lisboa, 1940) tem início nos anos 1960. Mantendo-se desde sempre fiel à prática da pintura e do desenho, a sua obra reflete a vivência e a apreensão dos diferentes contextos onde residiu e trabalhou, nomeadamente Paris e Nova Iorque.
Decorrendo em simultâneo no Museu de Arte Contemporânea de Serralves e naFundação Carmona e Costa, em Lisboa, A Substância do Tempo é a maior retrospetiva de desenhos do artista até hoje realizada.
Em Serralves, serão expostas mais de duas centenas de obras criadas entre 1965 e 2012, reveladoras da constante apropriação de elementos do quotidiano e de uma pesquisa exaustiva sobre os modos de representação, nomeadamente sobre a forma como a luz reinventa o espaço e os objetos.
Maioritariamente abstratos e sem cor, os desenhos de Jorge Martins apresentados em A Substância do Tempo compõem uma linguagem rica em texturas, intensidades e gradações que se desdobra em contínuas variações.
O catálogo da exposição, que será lançado no dia da inauguração, é uma coedição da Fundação de Serralves e da Fundação Carmona e Costa. Este catálogo monográfico ilustra uma vasta seleção de desenhos e pinturas do artista datados de 1957 a 2012 e inclui ensaios inéditos de Manuel Castro Caldas, João Fernandes, António Mega Ferreira e Sara Antónia Matos, uma carta de Pierre Georgel e excertos dos diários gráficos de Jorge Martins.
Esta exposição tem a curadoria de Marta Moreira de Almeida e é uma coprodução da Fundação de Serralves e Fundação Carmona e Costa.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Conversa XLIV





São Conversas assentes num registo informal que nos levam a conhecer e falar sobre os trabalhos uns dos outros.
"P.S. – as Conversas não vão ser longas nem aborrecidas."

Acontecem todas as quartas-feiras, em Lisboa.
A entrada é livre.


conversasconversas.wordpress.com

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Ouvindo António Reis. Alentejo

[Recolhas]



OUVINDO ANTÓNIO REIS
o poeta do Porto
que foi ao Alentejo


Os poetas da cidade passam a vida às mesas dos «cafés», ouvindo-se uns aos outros, com aquela «pose» mais ou menos estudada e solene, que os botequins do Chiado tornaram tradicional.
Por ser assim, mais extraordinária se torna a aventura de António Reis, o poeta que foi à procura de Poesia viva e humana, autêntica e verdadeira, até à Província do Alentejo.
Foi e trouxe toda a poesia que encontrou, em flagrante, saindo da sua verdadeira fonte: a boca do Povo.
Admirável missão que um poeta podia propor a si mesmo, para a cumprir da melhor maneira: aderindo à mais pura essência da realidade humana, social e lírica.
Por isso o procuramos para lhe perguntarmos:

Quais as poderosas razões que o levaram ao Alentejo?

Conhecer na intimidade o seu povo e a sua terra... Razões propriamente mais humanas e telúricas que artísticas - uma espécie de pudor e de respeito pelo sofrimento não me consentiam outros projectos. Mas afinal, conhecer na intimidade o Alentejo implicaria dominar essa atitude sentimental e tornar a comoção mais útil e mais digna. Assim me vi envolvido subitamente por rostos, corações, lágrimas, nomes, factos, ais, pragas, objectos, poemas e música. Assim me vi subitamente subjugado pelas formas da vida e da arte, registando amarguras e esperanças, desespero e sonho, beleza e morte... - dia e noite quase alucinado, incontido, com medo dos próprios sentidos esfolando-se como a pele...

O que pensa fazer do precioso material que recolheu?

Entregá-lo a quem amar os homens e a beleza, para meditação, fruição e dor. Para tornar o Alentejo mais próximo de nós e nós dele. Para tornar mais consciente o nosso gosto pelo seu trigo, que na realidade não é como na cidade o comemos, branco, leve e fresco! Os poemas serão publicados em livro; a música será transmitida pela rádio e gravada em discos, possivelmente; quanto ao material de artesanato e humano, conjugado com a poesia e a música, constituirá assunto duma série de palestras que tenciono efectuar sobre o Alentejo em diferentes localidades.

Acha o folclore e a etnografia alentejanos ricos de conteúdo e forma?

Receio responder porque sou apenas um amador e porque a minha aproximação do Alentejo foi sobretudo um acto de amor. Acto de amor que me fez sofrer e deslumbrar por grandes e pequenas coisas - talvez consideradas por terceiros sem interesse dentro do âmbito das especialidade apontadas. Ocorre-me, por exemplo, a importância que dei ao lume feito ateando uma bolota seca pousada num vidrito por meio de atrito duma pedra de isqueiro cravada num taco de madeira ($30 para um camponês era uma importância diferente que para um etnógrafo); ocorre-me também a importância que dei às brasas que iam pedir à forneira dum povo para o ferro de passar a roupa ou aos tabuleiros de carapaus pequeninos que ela assava, por favor, no forno do pão; ou às ovelhas morrendo com o volvo, de fartas, ao lado de homens secos; ou ainda aos cardos beija-mão que não deixavam as camponesas lavarem-se sequer ou pontear; ocorre-me, por exemplo, ainda, a importância que dei às crianças dançando agora uma moda em cadeia e logo um mambo; a um rádio numa praça pública semeando joio e propaganda diversa pelas almas; ao cartaz e ao plano do filme chamado «O Tesouro do Templo»; às expressões como «um homem escuro», «uma mulher ocupada», «sovar a massa», «brandura», para significar: um homem triste, uma mulher grávida, amassar, orvalho, que registei ternamente como um poema rico de invenção, metáforas e vivências populares...

E a música e a poesia popular alentejana?

Sobre a música do Alentejo, Fernando Lopes Graça já tem dito, apaixonada e objectivamente, qual o seu valor e qual a tarefa a que seria necessário dar início sem demora, metodicamente, cientificamente, para recolher, proteger e vivificar um dos nossos patrimónios artísticos mais excepcionais. Escutar as suas palavras e os seus conselhos é o único caminho a seguir e o único juízo de valor seguro sobre este assunto. Sobre a poesia, espero dar uma resposta com as largas centenas de poemas recolhidos, abrangendo modascantigasquadrasversos de pé quebrado edespiques. Mas podem servir de testemunho alguns dos exemplos coligidos para esta página.

Têm recebido influências para bem ou para mal?

Evidentemente, que para bem. Para mal, só o meu desespero de apenas em condições dificílimas poder efectuar estes contactos (são 1.000 quilómetros ida e volta), tão necessários para os que conseguem levá-los a cabo, para os que ficam e para os que encontrámos.

Mais nada. Apenas uma quadra para os artistas portugueses, que ouvi cantar a um camponês do Baixo-Alentejo e que cito sem humor, antes solenemente:

«Ajudem-me que eu não posso
Cantar a moda sozinho
A moda está muito alta
E o meu cantar é baixinho.»


Jornal de Notícias, Suplemento Literário, pág. 5, de 4 de Agosto de 1957.

Nota: Na mesma página do Jornal de Notícias encontra-se um pequeno texto de Fernando Lopes Graça, "Versos de pé quebrado" de Joana Palma Neves (de 78 anos, camponesa), fotografias e um texto sobre os ceifeiros, "Líricas alentejanas" de António Joaquim Lança (cabreiro analfabeto, de 75 anos e nascido em Cuba) e ainda a "Oração das trovoadas" de Teófilo Alexandre (camponês).


fonte

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Gamut, Fotografia a 360º


Sobre

A Gamut é uma empresa especializada em serviços digitais profissionais direccionada a fotógrafos, artistas, galerias e museus.
Missão
O nosso entendimento é que a experiência, o rigor e a capacidade técnica oferecidas devem superar as expectativas de quem procura os nossos serviços. Acreditamos que o diálogo com o cliente e o acompanhamento personalizado de cada projecto se traduz nos melhores resultados.
Descrição da empresa
A Gamut assume como seu principal objectivo adequar os seus serviços às necessidades especificas de cada projecto, desde a digitalização de originais fotográficos, pós-produção, gestão de cor à impressão Fine Art.

A Gamut também desenvolve acções de formação divididas em três áreas: Cursos de curta duração, aulas individuais e consultoria a empresas e instituições.

A nossa experiência e conhecimentos nas várias áreas de produção, pós-produção e impressão de imagem digital permite-nos oferecer uma formação repleta de informação estruturada e fundamentada.

contatos: Rua Bernardo Lima 8A, Lisboa, 211 924 444 , geral@gamut.pt , http://www.gamut.pt

quarta-feira, 10 de abril de 2013

COLEÇÃO DE SERRALVES: OBRAS RECENTE

  
Gerardo Burmester, Pedro Cabrita Reis, Marcelo Cidade, José Pedro Croft, Carla    Filipe, Rita McBride, Charlotte Moth, Paulo Nozolino, Damián Ortega, João Penalva, Fernando José Pereira, Ana Maria Tavares, Guy Tillim, Francisco Tropa, Adriana Varejão, !Von Calhau!

"Coleção de Serralves: Obras Recentes" assinala um interesse renovado pelo acervo da Fundação através de um programa de exposições e apresentações especiais que decorrerão ao longo de todo o ano no Museu e na Casa de Serralves. 


DE 2013-03-15 A 2013-06-10