Sinopse
Histórias de quotidiano e de silêncio. Em caminhos desertos de vento inquietante numa aldeia do
Norte. Há um dia de trabalho atravessado por três famílias: quatro velhas, o campo, o pão, as
galinhas, e, a lembrar-nos, clareiras de histórias velhíssimas de gestos saboreados em
mineralógicas palavras. Uma família de dez filhos numa quinta mergulham na largueza do tempo,
no gesto todo do trabalho, o pai corta uma árvore. Mais longe, a água do rio habitado por gente,
numa barca, o sol, e o largo da aldeia, a ponte em construção, a varanda, a refeição, a densidade
e o misticismo ao domingo, a missa e a feira: ritualizada ao sábado. Nestes fragmentos de
cenário, move-se Isabel, também, com os olhos postos no futuro, para lá dos outros em que o
sentido da vida é apenas viver. O tempo atravessa o nascer e o pôr-do-sol.
É um respirar a vida, usando o campo como meio numa aldeia do Norte, de gestos antiquíssimos
e pousados.
16mm, 85´, 1985
Realização, Produção e Argumento Manuela SerraImagem Gérard Collet
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