terça-feira, 11 de maio de 2010

Sem rede escrevo, Sexta-feira, 2 de Abril de 2010 às 1:37

Encontrei o texto que se segue entre as notas do facebook da Andrea Brandão e não consegui "deixa-lo para trás" sem catrapisca-lo para aqui...


Sem rede escrevo

"A arte de fazer zaping ou zaping como arte, venha o diabo e escolha. A melhor abertura de texto para descrever uma visita às peças expostas no Centro Cultural de Belém da autoria de J.Vasconcelos. Mas estará de acordo com os tempos que correm. Assim como estará o o texto que se escreve. "sem rede", assim se intitula. Expressão usada aqui com duplo sentido, mas que não chega além do duplo e aquém do sentido fica. O que se quer são multiplos. Demasiadas piscadelas de olhos,demasiado folclore popular, demasiada portugalidade, tudo em bom e em esteriótipo (demasiado matrafão). Primeira observação: Qualidade digital em ecrã LCD 100 polegadas. Os miudos adoram porque se pode tocar, dizem-me. Mas só em algumas peças porque noutras POR FAVOR NÃO TOQUE; Please don't touch, Veulillez ne pas toucher (De nada). O efeito deslumbrante-uau dura-me apenas um segundo em todas as peças. Mais do mesmo (e os visitantes que são muitos) e começo a sentir náuseas. O efeito retrospectivo não me caiu muito bem. Criatividade para dar e vender e habilidade com os materiais e às tantas, vejo tipo um concurso Tv "Bricolage, concurso de ideias, para transformar (diferente de usar) objectos utilitários em arte". Sim, arte. Pois tudo o que não se sabe o que é, é arte. o resto é design (as formas contidas pela rede de croché tinham grandes hipoteses - Puffbags). Imposto agora este tom meio sério, meio a brincar com meio sentido escrevo: Por isso ainda continuo a gostar da "noiva" feita com tampões OB (sem aplicador, ainda por usar, mas já sem o plástico higiênico protector) da marca americana Johnson & Johnson, em forma de candelabro. (Talk about double meaning!) Lisboa (Abr10)"

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