sábado, 15 de janeiro de 2011

em jeito de confidência...

Hoje vi imagens, injecções de fotografias, imagens que nascem porque são bonitas, sem um sentido verdadeiro, apercebi-me de datas alteradas para fazer parecer... não gosto e diria, não suporto quem não sabe o que faz, quem engana a si e ao outro, tudo por uma suposta mais-valia "o auto-retrato".
Não suporto entrar em galerias e ver mais do mesmo, exposições após exposições, ser bombardeada com pessoas que produzem aos quilos, porque quem o faz já há muito que deixou de estar presente por inteiro no que faz, quanto muito encontrou uma fórmula e usa e abusa dessa fórmula porque pega. Não gosto de fórmulas, deixam-nos cegos e pobres de vida. Não consigo fazer se não acreditar se não fizer sentido, prefiro parar, não quero fórmulas, não o faço em primeiro lugar para o outro, quero descobrir-me no que faço e quero dar ao outro a inquietação que sinto quando faço, quero criar no real sentido e não simplesmente sentar-me a regurgitar imagens sem parar e depois limitar-me a fazer casamentos bonitos e colocar um laço no presente com um titulo que parece giro, mas não acrescenta nada ao que vemos.

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